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Impactos ambientais identificados no Rio Poxim

  • Foto do escritor: poximamigo
    poximamigo
  • 6 de mar. de 2018
  • 2 min de leitura

Olá, amigos do Poxim! Esse post vai revelar a tristeza (pois é, nem só de alegrias se vive um rio) por trás das atividades antrópicas realizadas na região da sub-bacia do rio.


Você sabia que o rio Poxim é considerado um dos mais poluídos do estado de Sergipe? Essa afirmação é reflexo dos impactos causados por atividades urbanas, industriais e agropecuárias ao longo do rio.


No Brasil, e na maioria dos países em desenvolvimento, a maior parte do esgoto bruto que se origina dos efluentes industriais e esgotos domésticos é lançado sem nenhum tratamento prévio nos cursos de água. A contaminação da água é um problema de saúde, sejam para abastecimento humano ou produção de alimentos de qualidade.


Não é diferente no caso do rio Poxim, no bairro Inácio Barbosa, por exemplo, localizado às margens do rio, com alta densidade habitacional, a contaminação por esgoto doméstico é altíssima. Nesse trecho, as águas do rio trazem também a poluição recebida dos bairros Jabutiana e Santa Lúcia.


Um estudo realizado por Alves et. al., 2007 mostrou que na região estuarina do rio e em alguns outros pontos dos rios Poxim-Açu e Poxim o oxigênio dissolvido apresentou valores muito baixos, os principais impactos causadores são a deposição de resíduos sólidos, aporte de matéria orgânica e deposição de efluentes sanitários (esgoto) e industriais.


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Imagem de satélite mostra esgoto de um canal sendo despejado no estuário dos rios Poxim-Sergipe. Retirada do site: Expressão Sergipana.


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Presença de garrafa pet (à direita) e lata de alumínio (à esquerda) no leito do rio Poxim-Açu. Foto: Arquivo pessoal.


A nascente principal do rio Poxim-Açu (ler post anterior) é considerada degradada, as causas da degradação são as frequentes queimadas promovidas na área e também a retirada de madeira pelas comunidades locais, que é empregada para diversas finalidades.


Os principais problemas observados em relação à situação das nascentes do Poxim estavam associados ao modo de uso e ocupação do solo. Nesse aspecto, o fator determinante para a elevada degradação é a redução da vegetação no entorno do rio. A ausência da mata ciliar faz com que diminua a infiltração e armazenamento da água da chuva no lençol freático, aumenta a erosão das margens contribuindo para o assoreamento do leito dos rios.


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Uma das causas do assoreamento nos rios é a falta ou redução da mata ciliar no seu entorno, imagem do rio Poxim-Açu na região do IFS São Cristóvão, Sergipe. Foto: arquivo pessoal.


As 20 principais nascentes dos rios e tributários que compõem a sub-bacia hidrográfica do rio Poxim, apresentam alterações decorrentes da acelerada antropização (90%), a maioria delas (65%) com elevada degradação (sem raio mínimo de 50m de vegetação) e ocupadas por agricultura (50%) e pastagens (35%).


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A redução das matas ciliares é consequência, também, do pisoteamento da vegetação pelo gado. Na foto, caprinos na área do rio Poxim-Açu, região do IFS São Cristóvão, Sergipe. Foto: arquivo pessoal.

 
 
 

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